terça-feira, 28 de junho de 2011

Universol

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriram e depositaram pedido de patente de um composto que dissolve praticamente qualquer material orgânico ou inorgânico.
O agente resolve um problema antigo ao ser capaz de dissolver sem alterar a composição química da substância.

A dissolução é um passo essencial para a análise de amostras, usada para avaliações de controle de qualidade ou da presença de componentes inorgânicos ou orgânicos, tóxicos ou não.

Os autores da descoberta são os professores Claudio Luis Donnici e José Bento Borba da Silva, do Departamento de Química da UFMG.

A substância, registrada com a marca Universol, está pronta para ser aplicada e ter sua tecnologia transferida a empresas que desejem produzir e comercializar o produto em larga escala.

Segundo Donnici, o Universol é útil, por exemplo, para mostrar se um cosmético ou um alimento contém metal pesado, ou se a casca de uma árvore a ser utilizada para produzir um medicamento está contaminada com metais ou substâncias tóxicas.
"Ele também dissolve rapidamente carnes, unha, cabelo, pele, sementes, cereais ou qualquer outra matéria orgânica", comenta o professor.

Segundo Donnici, o composto é um agente solubilizante simples, eficiente e reprodutível, que dissolve praticamente qualquer tipo de amostra em um tempo que varia de um a 30 minutos. "Por isso pode ser considerado um agente solubilizante praticamente universal".

Outra vantagem do solvente é promover a solubilização à temperatura ambiente e, em quase todos os casos, sem necessidade de uso de métodos adicionais, como ultrassom e micro-ondas.

"Apesar do seu enorme poder solubilizante, o Universol é um reagente seguro, que pode ser manipulado sem complicações em qualquer laboratório e com a utilização de frascos de vidro ou de plástico (tipo eppendorf) comuns", informa.

Claudio Donnici ressalta que outros agentes conhecidos de solubilização demoram cerca de 12 horas para dissolver, por exemplo, amostras de unhas ou de fios de cabelo, enquanto o Universol realiza essa solubilização em cerca de 30 minutos.
"Com o desenvolvimento desse método, mais simples e adequado para preparação de amostras, evitam-se dissoluções ácidas, extrações e outras dificuldades para o uso de técnicas espectrométricas de análise química, tornando-o mais viável para análises de grande quantidade de qualquer tipo de amostras para avaliação da sua composição química, especialmente quanto aos componentes inorgânicos", explica.

A equipe realizou testes com diversos materiais e demonstrou a eficácia do agente em alimentos, desde bebidas a cereais a sementes; em qualquer tecido animal ou vegetal; amostras minerais e inorgânicas ou biológicas, a exemplo de cogumelos, insetos e microrganismos, bem como em resíduos biológicos e materiais petroquímicos da área de cosméticos, o que possibilitou a realização de testes cromatográficos e espectrométricos, para análises das mais diversas.

"O grande trabalho foi mostrar o escopo e a confiabilidade da técnica para os mais variados tipos de amostra", informa Donnici.

Donnici conta que os estudos foram patrocinados por um programa da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), cujo objetivo era consolidar estudos ambientais avançados.
"A intenção era estabelecer novas tecnologias científicas e computacionais para o monitoramento ambiental e análise de poluentes. Dentre as várias descobertas realizadas nesses anos de pesquisas, destacamos o desenvolvimento do Universol", comenta.

"O problema preliminar de análise química orgânica ou inorgânica dos mais diversos materiais é obter a total dissolução das amostras, com a formação de soluções homogêneas, de modo a não alterar sua composição química", esclarece.

Donnici revela que a equipe ficou impressionada com o que descobriu, uma vez que a composição é relativamente simples e barata, "de alta eficiência e rapidez e de escopo e aplicabilidade enormes".


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Baterias de íon-Lítio

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As baterias de íon-lítio, hoje em dia, são bastante populares . É possível encontrá-las em laptops, PDAs, telefones celulares e iPods. Elas são tão comuns porque, proporcionalmente, são as baterias recarregáveis com maior capacidade de armazenamento de energia, atualmente existentes.

As baterias de íon-lítio são populares porque têm várias vantagens importantes sobre as concorrentes:

  • costumam ser muito mais leves do que outros tipos de baterias recarregáveis do mesmo tamanho. Os eletrodos de uma bateria de íon-lítio são feitos de lítio e carbono leve. Além disso, o lítio também é um elemento altamente reativo, o que significa que é possível armazenar bastante energia em suas ligações atômicas. Significando uma densidade de energia muito alta para essas baterias.
  • elas mantêm sua carga. Um conjunto de baterias íon-lítio perde apenas cerca de 5% da sua carga por mês, enquanto as baterias NiMH perdem 20% no mesmo período;
  • elas não apresentam o efeito memória, o que significa que não é preciso descarregá-las totalmente antes da recarga, como acontece com outros tipos de baterias;
  • as baterias de íon-lítio conseguem suportar centenas de ciclos de carga/descarga.

Células de íon-lítio

Assim como a maioria das baterias, essas também têm um invólucro de metal por fora. O uso de metal é particularmente importante aqui, já que a bateria é pressurizada. E esse invólucro de metal tem um tipo de válvula de escape de ar sensível à pressão. Se a bateria atingir uma temperatura muito elevada, com o risco de explosão devido ao excesso de pressão, essa válvula cuida de liberar a pressão extra. Mas é provável que a bateria fique inutilizada depois disso, o que indica que devemos evitar que ela chegue a esse ponto. A válvula está lá apenas para funcionar como uma medida de segurança, assim como o Coeficiente Positivo de Temperatura (PTC), um dispositivo que impede que a bateria superaqueça.

por dentro de uma célula de íon-lítio

Esse invólucro de metal abriga uma longa espiral composta de três lâminas finas coladas umas nas outras:

  • um eletrodo positivo;
  • um eletrodo negativo;
  • um separador.
Dentro do invólucro, essas lâminas estão submersas em um solvente orgânico que age como o eletrólito. Um dos solventes comuns é o éter.

O separador é uma lâmina bem fina de plástico com minúsculos furos e, como o nome já diz, separa os eletrodos positivo e negativo ao mesmo tempo em que permite que os íons passem através dele.

O eletrodo positivo é composto de óxido de lítio-cobalto, ou LiCoO2. Já o negativo é composto de carbono. Quando a bateria é carregada, os íons de lítio passam pelo eletrólito do eletrodo positivo para o negativo e se ligam ao carbono. Durante a descarga, os íons de lítio saem do carbono e voltam ao LiCoO2.

mecanismo de carga de bateria de íon-lítio
mecanismo de descarga de bateria de íon-lítio

O movimento desses íons de lítio ocorre a uma tensão relativamente alta, de forma que cada célula produz 3,7 volts. Este valor é muito maior do que o 1,5 volt típico de uma pilha alcalina AA que você compra no supermercado e ajuda a tornar as baterias de íon-lítio mais compactas em pequenos dispositivos como telefones celulares. Veja Como funcionam as pilhas e baterias para mais detalhes sobre as diferentes composições químicas das baterias.

Valeu pela visita galera!

Fonte: How stuff Works

sábado, 18 de junho de 2011

Dia Do Químico

Quero dar meus parabéns a todos os companheiros que trabalham nesse árduo ramo, e dedicar aqui esse texto que pode mostrar nossa dedicação pelo que fazemos.


Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 1998

Querida Valência

Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irreversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você. Sabismuto bem que a amo. De antimonio posso lhe assegurar que não sou nenhum erbio e que trabario muito para levar uma vida estável.

Lembro-me de que tudo começou nurario passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Você estava em um carro prata, com roda de magnesio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, compatilhamos nossos eletrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei, mesmo pega de enxofre, voce respondeu carinhosamente: "Proton, com quem tenho o praseodimio de falar?".

Nosso namoro eh cerio, estava indio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nenhum escandio. Eu brometo que nunca haverá galio entre nós e ate já disse quimicasaria com você. Espero que você não esteja saturada, pois devemos buscar uma reção de adição e não de substituição.

Soube que a Ines lhe contou que eu a embromo: manganes cuidar do seu cobre e acredite níquel digo, pois saiba que eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um avogrado e que me metais na cadeia.

Sinceramente, não sei por que você esta a procura de um processo de separação, como se fossemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar erradio. Se isso acontecesse, iridio emboro urânio de raiva. Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!), nem com o Tulio e nem com os estrangeiros (Germanio, Polonio e Francio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição.

Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercurio no silicio da noite, pensando no nosso amor que esta acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltassse a normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. Voce é a luz que me alumínio e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base. Aproveito para lembrar-lhe de devolver o meu disco da KCl.

Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.

Abracidos do
Marcelantanio
 
Fonte:http://quimilokos.blogspot.com/2011/06/feliz-dia-do-quimico.html