domingo, 29 de maio de 2011

O que é Aurora Boreal?

A aurora boreal (luzes do norte) e a aurora austral (luzes do sul) sempre fascinaram a humanidade. Algumas pessoas chegam a viajar milhares de quilômetros apenas para observar o espetáculo de luzes brilhantes na atmosfera terrestre. As auroras que circundam o pólo magnético norte (boreal) e o pólo magnético sul (austral) ocorrem quando elétrons de carga elevada provenientes do vento solar interagem com elementos da atmosfera terrestre. Os ventos solares fluem escapando do Sol com velocidades de cerca de 1,6 milhões de quilômetros por hora. Quando alcançam a Terra cerca de 40 horas depois de deixarem o Sol, seguem linhas de força magnética geradas pelo núcleo da Terra, fluindo através da magnetosfera por uma área com formato de lágrima constituída de campos magnéticos e elétricos de alta carga.

Os elétrons, quando penetram na atmosfera terrestre superior, encontram átomos de oxigênio e de nitrogênio em altitudes de 32 a 320 quilômetros acima da superfície terrestre. A cor da aurora depende do átomo que colide com o elétron e da altitude em que se dá essa colisão.

  • Oxigênio - verde, até 240 quilômetros de altitude
  • Oxigênio - vermelha, até 240 quilômetros de altitude
  • Nitrogênio - azul, até 96 quilômetros de altitude
  • Nitrogênio - púrpura/violeta, acima de 96 quilômetros de altitude
Todas forças elétricas e magnéticas reagem entre si, em combinações constantemente mutáveis. Essas mudanças e fluxos se apresentam como a "dança" das auroras, movendo-se ao longo de correntes atmosféricas e podendo alcançar 20.000.000 amperes a 50.000 volts (como comparação, os disjuntores de uma residência são desconectados quando a corrente ultrapassa 15-30 amperes a 120 volts).

As auroras geralmente ocorrem ao longo das "auroras ovais" que têm centros nos pólos magnéticos e não nos pólos geográficos. De uma forma aproximada, correspondem aos círculos ártico e antártico. Em certas ocasiões, entretanto, as luzes ficam ao Sul, mais distantes, geralmente quando ocorrem muitas manchas solares. A atividade das manchas solares segue um ciclo de 11 anos. O próximo pico ocorrerá em 2012 e 2013, com boa probabilidade de ocorrência de auroras fora da faixa usual.

Através das histórias, as pessoas vêm escrevendo e falando sobre sons que estariam associados às auroras, embora nada tenha sido registrado nesse sentido. Os cientistas não conseguiram ainda chegar a um acordo sobre o que produz sons durante a aurora.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dá pra enganar o bafômetro ?


Tava esses dias sem muita coisa que fazer estudando, quando deparei com a seguinte indagação, será que é possível dar o migué enganar o bafômetro ou é essa história é pra enganar leigos mito ?
Bom, na verdade é tudo mito. Primeiramente vamos a algumas exposições; o bafômetro caso alguém não saiba é um instrumento utilizado para verificar a quantidade de sangue no álcool álcool presente no ar exalado dos pulmões, que de acordo com pesquisas, tem um erro muito pequeno em relação a quantidade de álcool no sangue.
Há alguns tipos de bafômetros, mas em todos o seu funcionamento baseia-se em reações de oxidação e redução. Os mais simples são os chamados bafômetros descartáveis, mas estes apenas indicam se a pessoa está ou não acima de um limite previamente calibrado. Ah, e não é este o usado pela polícia pra pega a galera no pulo. Os aparelhos mais sofisticados, esses sim usados pela polícia por incrível que pareça, se diferenciam quanto ao tipo de detecção: há os que utilizam um sistema eletroquímico, semelhante ao das pilhas, e os que utilizam um sensor semicondutor. O último é o mais utilizado, nele o álcool é oxidado com a ajuda de um catalisador e isso acaba gerando uma corrente, que medida como voltagem passa as informações para uma central que calcula os valores de quantidade de álcool.

Mas, agora sim, vamos ao que interessa, dá pra enganar esses aparelhos? A resposta é NÃO. Papai Noel e Coelhinho da Páscoa também não existem.
Vamos aos fatos:
  • Carvão ativado: devido ao fato de ser muito poroso, pessoas tem fé de que ele absorveria as moléculas do álcool. Em tese isso acontece sim, mas não o suficiente para limpar barra. No máximo para ficar comendo carvão atoa.
  • Mascar chicletes: aí já é sacanagem, ajudam a disfarçar o hálito, mas no máximo você vai ficar com o hálito fresco, e olhe lá, porque ninguém mais acredita nessa técnica nem minha mãe acredita nisso mais.
  • Hiperventilação: consiste inspirar e expirar encher e esvaziar, manda ar pra dentro e soprar o ar várias vezes e com certa força e velocidade para aumentar a presença de oxigênio. Funciona no momento e se você tiver bebido pouco, muito pouco, quase nada. No mais vai pagar mico parecendo asmático ou aprendiz de mergulhador.
  • Tomar vinagre: igual ao chiclete, pode melhorar o hálito, e só.
  • Gelo: dizem que o hidrogêneo liberado pelo gelo anula a associação do álcool no ar dos pulmões. Risos, muito risos Primeiramente, para liberar hidrogêneo é necessário altas temperaturas ou correntes elétricas. O hidrogêneo para reagir com o álcool, ou seu derivados, tem que estar protonado, ai serima necessários catalisadores ou reagentes que ajudassem a converter tudo isso em algo não detectável pelo aparelho. O processo de metabolização do álcool (assunto já tratado neste blog) é bastante complexo e feito na região compreendida abaixo da boca, então como pedaços de gelo na boca ajudariam? A temperatura também não ajuda em nada, perdão, só ajuda manter a concentração do álcool, coisa que não se quer. Enfim, com essa técnica podia ganhar um resfriado, mais nada.
Enfim, fica aquela velha dica de não misturar bebida e direção. É a mais eficaz, evita transtornos, perdas físicas e econômicas.

domingo, 15 de maio de 2011

Por quê o céu é azul?

Quando você observa o céu à noite, ele é negro, e as estrelas e a Lua formam pontos de luz naquele imenso fundo escuro. Então como é que, durante o dia, ele não continua negro e com o Sol aparecendo como mais um ponto de luz? Por que o céu fica azul claro e as estrelas desaparecem durante o dia?

Bem, a primeira coisa a saber é que o Sol é uma fonte de luz extremamente brilhante, já a Lua apenas reflete parte dessa luminosidade. A segunda é que os átomos de nitrogênio e oxigênio na atmosfera exercem um efeito sobre a luz solar que passa por eles.

Existe um fenômeno físico chamado espalhamento Rayleigh, que faz com que a luz se espalhe ao passar através de partículas com diâmetro igual a um décimo do comprimento de onda (cor) da luz. A luz solar é composta de luz de todas as diferentes cores, mas devido aos elementos presentes na nossa atmosfera, a cor azul é espalhada de maneira muito mais eficiente do que as outras.

Por isso é que você pode ver o Sol como um disco brilhante quando olha o céu em um dia claro. O azulado que você enxerga no resto do céu são todos os átomos da atmosfera espalhando a luz azul na sua direção (como as luzes vermelha, amarela, verde e de outras cores quase não são espalhadas na sua direção, você vê o céu azul).

Bom... espero ter respondido uma dúvida de infância de muita gente com esse post. Mais uma vez agradeço a visita!

terça-feira, 10 de maio de 2011

O que são os raios X

Raios X são basicamente o mesmo que os raios de luz visíveis. Ambos são formas de ondas de energia eletromagnética carregadas por partículas chamadas fótons. A diferença entre raios X e raios de luz visível é a energia dos fótons individualmente. Isto também é chamado de comprimento de onda dos raios.

Nossos olhos são sensíveis ao comprimento de onda da luz visível, mas não ao comprimento de onda mais curto, das ondas de maior energia dos raios X ou ao comprimento de onda mais longo de menor energia das ondas de rádio.

Os fótons da luz visível e os fótons dos raios X são produzidos pelo movimento dos elétrons nos átomos.Os elétrons ocupam diferentes níveis de energia diferentes ou orbitais, ao redor do núcleo do átomo. Quando um elétron passa para orbital menor precisa liberar energia, e ela é liberada na forma de um fóton. A energia do fóton depende do quanto o elétron decaiu entre os orbitais.

Quando um fóton colide com outro átomo, esse átomo pode absorver a energia do fóton promovendo o elétron para um nível de energia mais alto. Para isto acontecer, a energia do fóton tem que combinar com a diferença de energia entre as duas posições do elétron. Senão, o fóton não pode deslocar elétrons entre os orbitais.

Os átomos que compõem os tecidos do nosso corpo absorvem bem fótons de luz visível. A energia dos fótons deve combinar com as diferenças de energia entre as posições dos elétrons. Ondas de rádio não têm energia suficiente para mover elétrons entre orbitais em átomos maiores, então conseguem passar pela maioria dos materiais. Fótons de raios X também passam através de vários objetos, mas por outra razão: eles têm muita energia.

Eles podem, entretanto, arrancar um elétron de um átomo. Uma parte da energia do fóton dos raios X trabalha para separar o elétron do átomo e o restante é usado para fazê-lo se movimentar fora do átomo. Um átomo maior tem mais chances de absorver um fóton de raios X desta maneira, porque em átomos maiores as diferenças de energia entre os orbitais são maiores e essa energia se ajusta melhor com a energia do fóton. Átomos menores, em que os orbitais dos elétrons estão separados por níveis de energia relativamente baixos, têm menos chances de absorver fótons de raios X.

Os tecidos macios do seu corpo são feitos de átomos menores e por isso absorvem muito bem os fótons dos raios X. Os átomos de cálcio que fazem nossos ossos são muito maiores, então são melhores para absorver fótons de raios X.

Mais uma vez, grato pela visita!

Fonte : www.howstuffworks.com


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Datando um fóssil


Você já deve ter visto ou lido notícias sobre artefatos antigos fascinantes: em uma escavação arqueológica, um pedaço de ferramenta feita de madeira é encontrado e o arqueólogo descobre que ele tem 5 mil anos de idade, a múmia de um grande Faraó foi encontrada. Mas como os cientistas sabem a idade de um objeto ou de restos humanos? Que métodos eles usam? Uma vez que ja conhecemos como o carbono 14 é criado, vamos dar uma atenção especial à ele.

A datação por carbono 14 é uma maneira de determinar a idade de certos artefatos arqueológicos de origem biológica com até 50 mil anos. Ela é usada para datar objetos como ossos, tecidos, madeira e fibras de plantas usados em atividades humanas no passado relativamente recente. A datação em geral é possível devido à peculiaridade do carbono 14 (C-14) ser radioisótopo ou simplesmente radioativo.

Assim que um organismo morre, ele pára de absorver novos átomos de carbono. A relação de carbono 12 por carbono 14 no momento da morte é a mesma que nos outros organismos vivos, mas o carbono 14 continua a decair e não é mais reposto. Numa amostra a meia-vida do carbono 14 é de 5.700 anos, enquanto a quantidade de carbono 12, por outro lado, permanece constante. Ao olhar a relação entre carbono 12 e carbono 14 na amostra e compará-la com a relação em um ser vivo, é possível determinar a idade de algo que viveu em tempos passados de forma bastante precisa.

Uma fórmula usada para calcular a idade de uma amostra usando a datação por carbono 14 é:

t = [ ln (Nf/No) / (-0,693) ] x t1/2

em que In é o logaritmo neperiano, Nf/No é a porcentagem de carbono 14 na amostra comparada com a quantidade em tecidos vivos e t1/2 é a meia-vida do carbono 14 (5.700 anos). Você deve estar pensando: mas que diaxo é isso? Mas veja no exemplo como é simples e com o auxílio de uma calculadora científica torna-se ainda mais simples.

Por isso, se você tivesse um fóssil com 10% de carbono 14 em comparação com uma amostra viva, o fóssil teria:

t = [ln (0,10)/(-0,693)] x 5.700 anos

t = [(-2,303)/(-0,693)] x 5.700 anos

t = [3,323] x 5.700 anos

t = 18.940 anos de idade

Como a meia-vida do carbono 14 é de 5.700 anos, ela só é confiável para datar objetos de até 60 mil anos. No entanto, o princípio usado na datação por carbono 14 também se aplica a outros isótopos. O potássio 40 é outro elemento radioativo encontrado naturalmente em seu corpo e tem meia-vida de 1,3 bilhão de anos. Além dele, outros radioisótopos úteis para a datação radioativa incluem o urânio 235 (meia-vida = 704 milhões de anos), urânio 238 (meia-vida = 4,5 bilhões de anos), tório 232 (meia-vida = 14 bilhões de anos) e o rubídio 87 (meia-vida = 49 bilhões de anos).

O uso de radioisótopos diferentes permite que a datação de amostras biológicas e geológicas seja feita com um alto grau de precisão. No entanto, a datação por radioisótopos pode não funcionar tão bem no futuro, uma vez que bombas nucleares foram lancadas e testadas em céu aberto e vários reatores nucleares ja apresentaram problemas causando acidentes.

Agradecemos a visita, até a próxima!

Fontes: www.howstuffworks.com
www.educação.uol.com.br

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Como é criado o carbono 14

Todos os dias, raios cósmicos entram na atmosfera terrestre em grandes quantidades. Para se ter um exemplo, cada pessoa é atingida por cerca de meio milhão de raios cósmicos a cada hora. Não é nada raro um raio cósmico colidir em outro átomo na atmosfera e criar um raio cósmico secundário na forma de um nêutron energizado, e que esses nêutrons energizados, por sua vez, acabem colidindo com átomos de nitrogênio. Quando o nêutron colide, um átomo de nitrogênio 14 (com sete prótons e sete nêutrons) se transforma em um átomo de carbono 14 (seis prótons e oito nêutrons) e um átomo de hidrogênio (um próton e nenhum nêutron). O carbono 14 é radioativo e tem meia-vida de cerca de 5.700 anos.



Carbono 14 nos seres vivos

Os átomos de carbono 14 criados por raios cósmicos combinam-se com oxigênio para formar dióxido de carbono, que as plantas absorvem naturalmente e incorporam a suas fibras por meio da fotossíntese. Como os animais e humanos comem plantas, acabam ingerindo o carbono 14 também. A relação de carbono normal (carbono 12) pela de carbono 14 no ar e em todos os seres vivos mantém-se constante durante quase todo o tempo. Talvez um em cada trilhão de átomos de carbono seja um átomo de carbono 14. Os átomos de carbono 14 estão sempre decaindo, mas são substituídos por novos átomos de carbono 14, sempre em uma taxa constante. Nesse momento, seu corpo tem uma certa porcentagem de átomos de carbono 14 nele, e todas as plantas e animais vivos têm a mesma porcentagem que você.

Para maiores informações sobre raios cósmicos, meia-vida e o processo de decaimento radioativo, veja Como funciona a radiação nuclear.

Aguardem nos próximos posts como é feita a datação de um fóssil e materiais de milhares de anos.

Agradecemos a visita!

Fonte: www.howstuffworks.com

domingo, 1 de maio de 2011

CURIOSIDADES - VIDRO


História


A arte de fabricar o vidro é muito antiga, ignorando-se a forma como surgiu. Uma das histórias conhecidas sobre a descoberta do vidro, relata que, há uns 5000 anos, uns mercadores fenícios teriam desembarcado nas margens do rio Belo, na Síria. Estes mercadores, para cozer os alimentos, teriam recorrido as folhas de uma planta existente no local (a planta Kali), para fazer uma fogueira na areia. Segundo esta lenda, a cinza destas folhas teria fornecido o carbonato de sódio, que misturado com as areias originou um líquido transparente, que quando frio, adquiriu um aspecto duro e liso, semelhante a uma pedra preciosa - o vidro.

É evidente que esta história não passa de uma lenda, pois para a produção do vidro são necessárias temperaturas muito elevadas (2000º C), pelo que o calor produzido numa fogueira não pode concentrar temperaturas desta ordem de valores.

A arte de fabricar o vidro teria surgido na Mesopotâmia, há pelo menos quarenta séculos. A descoberta de lâminas de argila, escritas em alfabeto cuneiforme, datadas de 2700 anos, nas quais se encontram registadas instruções relativamente ao fabrico do vidro , levaram os historiadores a pensar que estas instruções teriam sido copiadas ao longo de séculos.

Composição

São basicamente feitos por areia, cálcario, barrilha, aluminia, corantes e descorantes. As matérias primas que compõem o vidro são os vitrificantes, fundentes e estabilizantes.

Os vitrificantes são usados para dar maior característica à massa vidrosa e são compostos de anidrido sílico, anidrido bórico e anidrido fosfórico.

Os fundentes possuem a finalidade de facilitar a fusão da massa silícea, e são compostos de óxido de sódio e óxido de potássio.

Os estabilizantes têm a função de impedir que o vidro composto de silício e álcalis seja solúvel, e são: óxido de cálcio, óxido de magnésio e óxido de zinco.

A sílica, matéria prima essencial, apresenta-se sob a forma de areia; de pedra cinzenta; e encontra-se no leito dos rios e das pedreiras.

Fabricação

Depois da extração das pedras, da areia e moenda do quartzo, procede-se a lavagem a fim de eliminar-se as substâncias argilosas e orgânicas; depois o material é posto em panelões de matéria refratária, para ser fundido.

A mistura vitrificável alcança o estado líquido a uma temperatura de cerca de 1.300°C e, quando fundem as substâncias não solúveis surgem à tona e são retiradas. Depois da afinação, a massa é deixada para o processo de repouso, de assentamento, até baixar a 800°C, para ser talhada.

Quando o material está quase fundido, o operário imerge um canudo de ferro e retira-o rapidamente, após dar-lhe umas voltas trazendo na sua extremidade uma bola de matéria incandescente.

Agora a bola incandescente, deve ser transformada numa empola. O operário gira-a de todos os lados sobre uma placa de ferro chamada marma. A bola vai se avolumando até assumir forma desejada pelo vidreiro.

Finalmente a peça vai para a seção de resfriamento gradativo, e assim ficará pronta para ser usada.


textos retirados de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vidro

http://oficina.cienciaviva.pt/~pw054/vidro/Historia.htm