sexta-feira, 6 de maio de 2011

Datando um fóssil


Você já deve ter visto ou lido notícias sobre artefatos antigos fascinantes: em uma escavação arqueológica, um pedaço de ferramenta feita de madeira é encontrado e o arqueólogo descobre que ele tem 5 mil anos de idade, a múmia de um grande Faraó foi encontrada. Mas como os cientistas sabem a idade de um objeto ou de restos humanos? Que métodos eles usam? Uma vez que ja conhecemos como o carbono 14 é criado, vamos dar uma atenção especial à ele.

A datação por carbono 14 é uma maneira de determinar a idade de certos artefatos arqueológicos de origem biológica com até 50 mil anos. Ela é usada para datar objetos como ossos, tecidos, madeira e fibras de plantas usados em atividades humanas no passado relativamente recente. A datação em geral é possível devido à peculiaridade do carbono 14 (C-14) ser radioisótopo ou simplesmente radioativo.

Assim que um organismo morre, ele pára de absorver novos átomos de carbono. A relação de carbono 12 por carbono 14 no momento da morte é a mesma que nos outros organismos vivos, mas o carbono 14 continua a decair e não é mais reposto. Numa amostra a meia-vida do carbono 14 é de 5.700 anos, enquanto a quantidade de carbono 12, por outro lado, permanece constante. Ao olhar a relação entre carbono 12 e carbono 14 na amostra e compará-la com a relação em um ser vivo, é possível determinar a idade de algo que viveu em tempos passados de forma bastante precisa.

Uma fórmula usada para calcular a idade de uma amostra usando a datação por carbono 14 é:

t = [ ln (Nf/No) / (-0,693) ] x t1/2

em que In é o logaritmo neperiano, Nf/No é a porcentagem de carbono 14 na amostra comparada com a quantidade em tecidos vivos e t1/2 é a meia-vida do carbono 14 (5.700 anos). Você deve estar pensando: mas que diaxo é isso? Mas veja no exemplo como é simples e com o auxílio de uma calculadora científica torna-se ainda mais simples.

Por isso, se você tivesse um fóssil com 10% de carbono 14 em comparação com uma amostra viva, o fóssil teria:

t = [ln (0,10)/(-0,693)] x 5.700 anos

t = [(-2,303)/(-0,693)] x 5.700 anos

t = [3,323] x 5.700 anos

t = 18.940 anos de idade

Como a meia-vida do carbono 14 é de 5.700 anos, ela só é confiável para datar objetos de até 60 mil anos. No entanto, o princípio usado na datação por carbono 14 também se aplica a outros isótopos. O potássio 40 é outro elemento radioativo encontrado naturalmente em seu corpo e tem meia-vida de 1,3 bilhão de anos. Além dele, outros radioisótopos úteis para a datação radioativa incluem o urânio 235 (meia-vida = 704 milhões de anos), urânio 238 (meia-vida = 4,5 bilhões de anos), tório 232 (meia-vida = 14 bilhões de anos) e o rubídio 87 (meia-vida = 49 bilhões de anos).

O uso de radioisótopos diferentes permite que a datação de amostras biológicas e geológicas seja feita com um alto grau de precisão. No entanto, a datação por radioisótopos pode não funcionar tão bem no futuro, uma vez que bombas nucleares foram lancadas e testadas em céu aberto e vários reatores nucleares ja apresentaram problemas causando acidentes.

Agradecemos a visita, até a próxima!

Fontes: www.howstuffworks.com
www.educação.uol.com.br

2 comentários:

  1. mais num tinha um lance q dataçao do carbono esta para cair por terra? me explinica isso?

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  2. Boa noite caro leitor, não se tem conhecimento de artigos científicos que coloquem à prova a validade desse método, na verdade existe uma grande resistência dos criacionistas com relação à ciência evolucionista. Então qualquer metodologia que favoreça o evolucionismo estará sujeita a questionamentos por parte dos criacionistas. Grandes institutos de tecnologia espalhados pelo mundo, como por exemplo o Massachusetts Institute of Technology, ainda acreditam na validade do método.
    Problemas podem ocorrer futuramente devido aos acidentes radioativos e bombas lançadas, como vimos no final do texto.

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